FLIP ANUNCIA AUTORA HOMENAGEADA DA 21ª EDIÇÃO
Postado
por DCP em 7/7/2023
Por
Assessoria Imprensa da Flip*
“Esse
crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre”, nesse
espírito disruptivo que desafia a mente normatizada viveu, por 52 anos,
Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu. A autora homenageada da 21ª da
Flip – Festa Literária Internacional de Paraty nasceu em 9 de junho de 1910, em
São João da Boa Vista (SP) e foi jornalista, dramaturga, poeta, tradutora,
cartunista e crítica cultural. Atuou nos movimentos modernista e feminista,
além de ter se dedicado ao ativismo contra o fascismo.
“A
decisão de homenagear uma autora importante para o movimento Modernista de
1922, que não participou da Semana de Arte Moderna, passadas as celebrações de seu
centenário, vem do desejo de explorar sua produção artística muitas vezes
reduzida por perspectivas limitadoras. Essa homenagem traz luz também a outras
marginalidades literárias pujantes que merecem uma nova mirada ", comenta
o diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz.
Pagu
usou pseudônimos durante toda a vida: Patsy, Mara Lobo, King Shelter, Ariel,
Pat, Léonie, Pt, Gim, Solange Sohl, Peste. A escolha das curadoras, Fernanda
Bastos, jornalista gaúcha e editora de livros, e Milena Britto, professora da
UFBA, traz luz à ampla produção artística de Patrícia Rehder Galvão que, assim como outras tantas extraordinárias
artistas e escritoras, sofreram estigmatização social, que tolhe e constrange
tudo o que estiver fora de certa ordem ou coerência esperada da razão
organizada.
“Quantas
escritoras se manifestaram em Pagu? Quantos universos a autora criou e expandiu
por meio de suas produções? Muitas são as paisagens de dentro e de fora que ela
nos mostra com suas múltiplas linguagens, todas trazendo em comum uma
contestação incansável diante do mundo rígido”, explica Fernanda Bastos.
“Com
seus modos de dizer e desenhar mundos, Pagu desenvolve uma paisagem em que são
retratadas diversas mulheres brasileiras: operárias, mães, boêmias, artistas,
as que aspiram à liberdade. É transformador olhar o presente por meio das
lentes de Pagu”, complementa Milena Britto.
Sobre
a Flip
Desde
sua primeira edição, em 2003, a Flip, que foi reconhecida como Patrimônio Histórico Cultural e Imaterial do
Estado do Rio de Janeiro, é uma experiência única: os encontros promovidos nos
cinco dias de Festa são apenas parte de uma manifestação cultural muito mais
ampla. São, na verdade, fruto de uma
relação que atravessa as ruas da cidade de Paraty em todos os meses do ano. A
cada ano, um projeto artístico, arquitetônico e urbanístico é elaborado para
promover um novo encontro com o território do qual emerge. A literatura é
ferramenta para criar pontes entre diversas formas de arte e conhecimento.
Além
de reunir personalidades do mundo da cultura e literatura para conversas,
palestras, lançamentos de livros, entre outras atividades, a Flip promove ações
de incentivo à leitura e à formação de novos leitores com um programa educativo
para crianças e jovens ao longo de todo o ano, que culmina na celebração da
Flipinha e Flipzona.
O
projeto é realizado pelo Ministério da Cultura e Governo Federal com concepção
da Associação Casa Azul. Conta com o
benefício da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocínio Master do Instituto
Cultural Vale e do Itaú Unibanco e Apoio da Maqmóveis e Prefeitura de Paraty.
21ª Flip - Festa Literária
Internacional de Paraty
Data: 22 a 26 de novembro de
2023
Relações com imprensa:
Gabriela Toledo
Helena
Heringer
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