ENTREVISTA COM A ESCRITORA LOURDES NICÁCIO
Entrevista concedida a Maria
de Lourdes Hortas*
Postado em 20/09/2020 às 00:01
A entrevista da semana é com a escritora pernambucana Lourdes Nícácio, concedida a poetisa Maria de Lourdes Hortas, com exclusividade para o site DCP.
Lourdes
Nicácio Silva nasceu na Fazenda de Canabrava, município de Belém do São
Francisco, PE, paisagem telúrica e sertaneja que marca sua escrita. Nesse
universo fez os seus primeiros estudos, que concluiu em Cajazeiras, Paraíba,
formando-se em Letras. Vindo para o Recife, em 1980, onde se radicou, aqui fez
pós-graduação na mesma área pela UNICAP. Exerceu o magistério no Ensino
Superior em várias Faculdades em Belém de São Francisco, Olinda e Recife.
Escritora,
poetisa e ficcionista, vem desenvolvendo um trabalho significativo na
panorâmica cultural de seu estado. Sempre dinâmica e atuante, idealizou e
coordenou vários projetos, como o Academia / Escolas, (da Academia Pernambucana
de Letras, ao lado da poetisa Maria do Carmo Barreto Campello de Melo) e,
quando à disposição da Fundarpe - Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico
de Pernambuco – coordenou projetos artísticos e culturais da Casa Manuel
Bandeira / Espaço Pasárgada.
Com
a jornalista Raphaela Nicácio, fundou e administra a editora Novo Horizonte.
Como editora, coordenou e organizou vários livros e antologias. É membro da
Academia Recifense de Letras, da Academia de Letras do Brasil/PE e da UBE/PE.
Livros publicados: POESIA: Cantos da Ordem do Sol, Ritmo das Águas Vivas, Ocultos na Paisagem, O Lavrador e o Templo, Caminho das águas ao sol. FICÇÃO: O Rio, Canabrava e os Homens (contos); Os Dois Mundos de Madalena (romance); Sobreviventes (contos). ENSAIO: Almeida Cunha; Os Caminhos da Palavra- Gramática e Literatura.
Representada em várias antologias, recebeu vários prêmios e homenagens,
e sua ode ficção e poesia já foi analisada em monografias de graduação e
pós-graduação.
MARIA DE LOURDES HORTAS - Lourdes
Nicácio, há afinidades entre nós: não só no nome, mas na temática da nossa
escrita. Refiro-me ao apego às raízes, ao lugar onde nascemos. Eu, na minha
aldeia. E você na sua Fazenda Canabrava, em Belém do São Francisco. Como esse
mundo de águas e encantamentos a levou a escrever?
LOURDES NICÁCIO - O seu romance Adeus Aldeia, e Os dois Mundos de Madalena, de minha autoria, comprovam essas
afinidades. Acho que esses livros, talvez por suas verdades também de cunho
memorialista, explicam o motivo por que, em nossa produção literária, há esse
apego às raízes. Quanto aos sobrenomes, xará, curioso é que se aproximam por
vínculos semânticos: Hortas (Lourdes Hortas) - terreno onde se cultivam
hortaliças; Silva (Lourdes Nicácio e Silva) – floresta, bosque e designação de
várias plantas medicinais. Coincidência ou missão, quem sabe. Importante é que
descortinamos, cada uma de seu jeito, mundos do lá atrás, embora alguns já
alterados pelas vivências urbanas.
Ah! “Esse mundo de águas e encantamentos”
teria mesmo de me levar a escrever. Meus pais eram agricultores e quase sempre
os acompanhava na labuta diária: plantavam, colhiam, pescavam. Eles
trabalhavam, eu brincava de conversar com esse rio que nunca desistia de sua
jornada: irrigava as plantações de vazante, as ilhas, girava rodas d’água, e nos
oferecia ainda um dos mais belos espetáculos ao pôr do sol – tudo dourado.
Gostava e ainda gosto de ouvir a voz do rio (- Poetas, filhos amados/ conduzem
minhas verdades/ perenidade das águas/ além das águas de mim...). Foi o São
Francisco meu primeiro mestre no campo da poesia. Como já falei antes numa
crônica – na proas das canoas ancoradas declamava, sem saber, a alma cheia de
versos a serem escritos por mim no futuro. Sabe, Lourdes Hortas, é impossível
não amar esse rio. Diz Guimarães Rosa no livro Literatura Comentada, Abril
Educação, 1982: “Gostaria de ser um
crocodilo vivendo no rio São Francisco... Gostaria de ser um crocodilo porque
amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem...Amo ainda uma
coisa dos nossos grandes rios: sua eternidade. Sim, rio é uma palavra mágica
para conjugar eternidade”.
MLH - Na sua obra há muitas referências ao
universo sertanejo. Você se apercebe disso quando escreve, ou a sua geografia
interior deixa vir à tona esses signos da infância?
LN - Eu me sinto abastecida por repertórios
de ideias e de palavras que mantêm consistência maior na região do São
Francisco. Esta a razão por que, em minha escrita, vêm à tona vocábulos,
pronúncias e ritmos sanfranciscanos. Também impulsionada pela geografia interior
quase sempre escolho temáticas associadas ao rio, ao sertão, sua gente,
mistérios, beleza, sabedoria, submersões, transposições, secas, retirantes,
desafios, com ampliação de espaço para a narrativa e para novos personagens,
entre outros, que o retrabalho da obra justifique, sem prejuízo de ressignificações,
especialmente na poesia (Sertanejo, sobre o teu peito/ a luz, o ouro, o bronze/ um sol já
tecido/ exposto às manhãs/ nas mãos a firmeza/ de um condutor sagrado/ protetor
da terra/ área dos milagres...).
MLH - Pelos seus dados biográficos,
percebe-se que sua vida tem girado sempre em torno da literatura, quer como
escritora, quer como editora. Como e quando surgiu esse fascínio pelos livros?
LN - Como meus pais não podiam comprar livros, recebia alguns doados pela casa-grande da fazenda, onde morávamos. Alguns desses livros eram inadequados para minha idade, mas lia todos até alta noite à luz do candeeiro. Adorava A Chave do Tamanho, de Monteiro Lobato, poemas de João Cabral de Melo Neto, Cecília Meireles, Jorge de Lima, entre outros. Ainda o meu irmão José Cordeiro apresentava gravuras e pedia que eu criasse histórias ou poemas relacionados. Não dá para citar quantas vezes escrevia os textos e quantas vezes rasgava. Já adulta, encaminhei pelos correios um dos meus poemas “Oxalá de um vaqueiro desesperado” ao Diario de Pernambuco. Fui surpreendida com a publicação dele na coluna Poliedro – Versos Escolhidos, assinada pelo jornalista Paulo Azevedo Chaves. Foram muitos os aplausos e incentivos de familiares, professores e amigos. Procurando realizar o sonho de publicar um livro, escrevi a Jorge Amado, que me enviou um livro autografado e uma carta animadora, sugerindo que procurasse o crítico literário Juarez da Gama Batista em João Pessoa. Com apoio de familiares, fui a João Pessoa e recebi uma orientação que me levou a realizar curso de pós-graduação no Recife. Assim, foi publicado meu primeiro livro de poemas Cantos da Ordem do Sol, pela Assessoria Editorial do Nordeste, na Academia Pernambucana de Letras, 1985, com prefácio de Nelson Saldanha e depoimento de Audálio Alves. Eu, que na adolescência juntava meus manuscritos e costurava com agulhas domésticas, sonhando publicar um livro, atualmente sou editora de alguns autores e de minhas próprias obras.
MLH - O seu romance Os dois mundos de Madalena
está na sétima edição foi encenado várias vezes em escolas publicas e
particulares do nosso estado. A que você atribuiu tanto sucesso?
LN - O livro foi publicado em 1999,
através do SIC- Sistema de Incentivo à Cultura de Pernambuco (FUNCULTURA).
Pelas atividades realizadas por alunos e professores – teatralizações,
monografia, pesquisa – compreendo que o sucesso da obra se deu a iniciar pela
narrativa que contempla cenários, personagens fortes e ao mesmo tempo suaves,
tendo como propostas acreditar na educação como solução, inovação de atitudes
de um povo sertanejo onde já se tem universidades, pois a história se passa no
sertão pernambucano do São Francisco, durante a terrível seca de 1998.
Reavaliei comportamentos, numa época mais sofrida, dos personagens de João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos. Lia os jornais diários, anotava as situações de
socorros emergenciais. Finalmente levantei de toda essa trajetória uma
vitoriosa mulher, a Madalena que surpreendeu a todos com sua coragem. A
Madalena mãe, esposa, professora, que enfrentou a seca e o coronelismo na fictícia
cidade de Malva Santa e realiza um êxodo bem programado para o Recife, como
empregada doméstica “até chover”,
onde se encanta e se desencanta. Nesse período de seca os sertanejos sonhavam
com a transposição do rio São Francisco que agora acontece. Mas acho que o
sucesso da obra vem especialmente pelo que dessa terra foi armazenado em mim,
porque a escrevi com total entrega, dedicação e muito amor.
MLH - Em ficção, como é o seu processo
criativo?
LN - A partir de um tema e de certa
convivência com esse tema. Não me preocupo com o número de páginas, importante
é iniciar. O espaço ambiente, as personagens, tudo vai surgindo por
necessidade, como complementos essenciais. Depende da paixão de criar,
pesquisar, aceitar experiências dos tempos em todas as medidas possíveis,
buscar novos planos de permanência. Por isso sou paciente, não tenho ideia de
como e quando a história possa ser concluída. Abraço personagens que nascem a
qualquer hora do dia ou da noite. Foi assim com os livros de contos O rio,
Canabrava
e os Homens,
Sobreviventes e com o romance Os dois mundos de Madalena. Um dia,
estava no supermercado, ouvi alguém comentando sobre o flagelo da seca, não deu
outra, com as compras pela metade, voltei e corri ao computador para
acrescentar mais uma personagem à narrativa. Confesso que essa dedicação me
deixava desabastecida, sofrida. Muito trabalho, alegrias e angústias que
somente a vocação justifica.
MLH - E na poesia, acredita que o poema
bate à porta do poeta, ou pode acontecer por busca e artesania?
LN - Bem, o poema vem como resultado de
uma reação, um choque, uma lembrança, uma contemplação. Sem nada programar,
diante de quadros ou fatos que envolvem pessoas e coisas, sinto uma inquietação
que somente ameniza no ato de criar. Os poemas nascem, mas quase sempre
julgo-os abertos, inacabados. Tenho até medo de mim quando releio originais
antes de enviá-los à gráfica para novas edições. São inevitáveis cortes,
alongamentos, substituições. Como exemplo, meu poema Ritmo das Águas Vivas
publicado em 1992, que sofreu ao longo dos anos, acréscimos de estrofes,
substituições e, mesmo permanecendo intactas as recentes versões, não está
imune a novas alterações. A presença do rio São Francisco nos poemas flui pela
permanência do sentimento e de um repertório vocabular infiltrados em mim desde
a infância.
MLH - Você é o protótipo de mulher
guerreira, envolvida em projetos culturais e educativos. Inclusive foi
agraciada com o diploma de “Mulheres que mudaram a história de
Pernambuco”, pela Casa da Imprensa. Vê, na sua escrita, algum
engajamento com a luta pelos direitos feministas, ou com o emponderamento da
mulher?
LN - Sempre me senti atraída pela criação
e pelo desenvolvimento de projetos educativos e culturais na Fundação do
Patrimônio Artístico e Cultural/ Fundarpe, na Academia Pernambucana de Letras e
no Ginásio Pernambucano, além de realizar um projeto de 20 edições da Revista
de Literatura Novo Horizonte. Além do diploma já citado, recebi, em Alagoas, da
Academia de Letras e Artes do Nordeste, outra homenagem Mulher Valorosa do
Brasil. Muito gratificantes os reconhecimentos. As mulheres guerreiras que
aparecem em alguns de meus livros têm origem no respeito, e na admiração a
minha mãe, pelo que ela fazia de tão nobre na fazenda onde morávamos:
trabalhava na agricultura ao lado de meu pai, com muito esforço; lutava com
dignidade, pela sobrevivência familiar. Tudo isso vem à tona dependendo dos
assuntos abordados nos livros. Em Os dois mundos de Madalena sobressai a figura
feminina no Sertão e no Litoral.
MLH - O que pensa das redes sociais? Crê
que as mesmas são eficientes na divulgação da poesia?
LN - Graças às redes sociais foram
desfeitos os grupos ou ilhas literárias isoladas entre si, incomunicáveis. A
velocidade com que tudo pode ser compartilhado satisfaz os autores e os
leitores, proporcionando uma perfeita interação através de comentários e
postagens ilustradas. Tudo numa agilidade assustadora. Já não dependemos apenas
de jornais impressos para nossas publicações. A produção poética dos novos
autores vem crescendo nas mídias sociais como Instagram, Facebook, o que
resulta em mais autores e mais leitores. Como estaríamos neste período de
isolamento sem esses recursos tecnológicos? Aposto no desempenho ágil das redes
sociais. Através delas é que está sendo divulgada minha poesia por outros
poetas amigos, a exemplo de Natanael Lima e seu conceituado site Domingo com
Poesia; Cícero Melo que vem fazendo um belo trabalho de divulgação literária;
além de oportunizar leituras de excelentes textos de outros poetas. Através das
redes sociais ainda conto com a divulgação, recente, de um poema de minha
autoria, Dilúvio, musicado pelos produtores Swami Jr. e Renato Siqueira,
chegando a mais de 900 visualizações no Facebook e 476 no YouTube, além de
inúmeros comentários e compartilhamentos. Bem, a verdade é que as redes sociais
permitem maiores oportunidades de divulgação dos autores e suas obras.
MLH – E o que me diz do e-book? Acredita
que conseguirá substituir o livro físico?
LN - Apesar de economizar espaço, ter um
preço menor que a versão física, estar disponível a qualquer momento em
qualquer lugar para o leitor, maior agilidade na entrega do produto porque
depende de um clik, o livro online traz desvantagens como distração do leitor,
depende da eletricidade etc. Autores procuram cada vez mais as gráficas. Não
acredito que o livro físico possa ser substituído pelo e-book ainda que este
alcance outros aprimoramentos. Melhor que tenhamos não apenas e-books, mas
também os livros físicos.
MLH - O que você diria a um jovem que está
começando a enveredar pelos caminhos literários? Aconselharia leituras ou uma
oficina literária?
LN - Aconselho leituras. Muitas leituras
e, se possível, de livros da literatura nacional que tenham leveza e despertem
a imaginação. Que também participe de antologias, revistas, concursos
literários, na internet etc. Escreva e reescreva quantas vezes necessário. Seja
leitor de si mesmo se redescobrindo nos erros e acertos, porque se tem vocação,
terá paciência de conduzir o texto ao seu aperfeiçoamento. Uma oficina
literária é importante porque orientará no exercício da palavra.
*Maria de Lourdes Hortas é poeta, ficcionista e ensaísta
POEMAS ESCOLHIDOS DE LOURDES NICÁCIO
A
voz da pedra
Ninguém violentou a pedra
e todos a tocaram
antes da tempestade
Quem lhe decifraria do interior
rastros, escrituras gravadas?
Ninguém a violentou.
Ela, a pedra
rolou da montanha?
Ah! Se escutássemos
destas e de outras pedras
o silêncio, a voz, a verdade.
Natureza
aberta
Para
Raphaela Nicácio
Em ti, há os meus rios de criança
a amplidão dos campos, onde brinquei
A sombra verde que me fertiliza os
sonhos
templos abertos, sempre princípio de
Deus
Quando falas, as vogais são coloridas
borboletas apreendidas em minha ilhas
Lembranças da infância – oceano
onde tanto nos perdemos desta vida
O teu olhar é o mesmo sol daqueles
montes
Beleza que me fortalece a alma, a fé
Beijo, abraço, tudo em ti desperta
pássaros
Tenho comigo a própria natureza
aberta.
Convocação
I
Não vês
que um vento leste
já te levou das mãos
as flores da noite?
Agora, vai!
Abre-te as comportas
molha essas terras
e convoca os semeadores
de ti mesmo
Então sentarei contigo
à mesa
e provarei
dos frutos brancos
dos teus outonos.
Meu
pai
No peito
nos pés
nas mãos
exibia a dureza
do Sertão.
No seio familiar
um arbusto
orvalhado
pelas manhãs.
O
lavrador e o Templo
Sê este templo natural
Universo
de onde emana humildade
Onde um calendário
além dos olhos
tece as estações
eternidade
Há tantas safras
de estrelas nesta vida
tantos espaços
troncos da verdade
Sê mais que um servo
desse plantio de luz:
lavra em ti
a mansidão a paz.
Sensacional a entrevista. Duas escritoras que admiro e respeito bastante. Referências. Que maravilha descobrir mais sobre Lourdes Nicácio! Descobri afinidades que me deixaram emocionada. Quero ler mais a sua obra. Foi como quando descobri Maria de Lourdes Hortas, lendo seus poemas no Destaque literário. Parabéns ao DCP por disponibilizar um espaço tão importante para esses escritores maravilhosos, com tanto a nos dizer. Também gostaria de ser sim, um Jacaré, nas águas do São Francisco, engolindo poemas e histórias que se escondem nas margens, dessas margens que nos convidam a um maior conhecimento. É o caso dessa entrevista. Parabéns, Maria de Lourdes pela condução maravilhosa e Lourdes Nicácio, por todo seu trabalho e grande sensibilidade. Sou fã de ambas.
ResponderExcluirAgradecemos o seu lúcido comentário. abç amizade sempre!
ExcluirParabéns, Natanel, por seu valoroso trabalho na divulgação da literatura pernambucana! Toda a minha admiração e respeito por esse site que engradece e dá espaço a tantos autores. Parabéns também a essas duas admiráveis mulheres, Lourdes Nicácio e Lourdes Hortas, por nos proporcionarem momentos de encantamento pela excelência poética!
ResponderExcluirA Poesia telúrica e fluida de Lourdes Nicácio nos envolve em memórias acalentadoras necessárias! A sensibilidade que transborda de cada verso é substantivo para a Alma! Parabéns, Loudes Hortas, pelas perguntas tão pertinentes ao gosto do leitor ! Parabéns, Lourdes Nicacio pelas respostas certeiras e musicais!!
ResponderExcluirAmei conhecê-las, nesta entrevista espetacular! Foi indicação do escritor Carlos Máximo - ALETRAS. Muito grata.
ResponderExcluirParabéns,Natanael,por sua criatividade, de grande valor ao plantar ,cada vez mais,árvores literárias!
ResponderExcluirFelicito , também as nobres escritoras Lourdes Nicácio e Maria de Lourdes Hortas por suas luminosidades na arte cultural.
Antonia Campos
Alegria, honra e Gratidão sempre aos poetas amigos Natanael Lima e Maria de Lourdes Hortas/DCP e aos leitores pelos felizes comentários. (Lourdes Nicácio)
ResponderExcluir