O VASTO MUNDO DE DRUMMOND
Por Natanael Lima Jr.*
O vasto mundo de
Drummond é uma viagem repleta de infinitas descobertas. Além disso, sua obra
abrange grande multiplicidade de temas e de situações do cotidiano,
que o poeta
apresenta por meio da lente da sua subjetividade.
Drummond
/ Foto: Reprodução
Um dos maiores poetas da literatura
brasileira e mundial. Um poeta de alma e ofício. Assim foi Drummond, mineiro de
Itabira, nascido em 31 de outubro de 1902. Foi poeta, contista e cronista,
considerado pela crítica o mais influente poeta brasileiro do século XX.
Para
Drummond, “a poesia é negócio de grande responsabilidade, e não considero
honesto rotular-se de poeta quem apenas verseje por dor de cotovelo, falta de
dinheiro ou momentânea tomada de contato com as forças líricas do mundo, sem se
entregar aos trabalhos cotidianos e secretos da técnica, da leitura, da contemplação
e mesmo da ação. Até os poetas se armam, e um poeta desarmado é, mesmo, um ser à
mercê de inspirações fáceis, dócil às modas e compromissos.”
Quando
jovem, foi muito criticado e até ridicularizado. O seu poema “No meio do caminho”,
composto de dez versos, repete de propósito sete vezes as palavras “tinha” e “pedra”,
e seis vezes as palavras “meio” e “caminho”. Foi julgado ridículo e
escandaloso; hoje o poema está traduzido em 17 línguas. Depois de conviver com
a literatura durante mais de 60 anos, deixou para os seus leitores e
admiradores 16 livros de prosa e 25 de poesia. Drummond foi um poeta que não cultivou
ilusões, mas acreditou, acima de tudo, no fervor e na beleza da palavra e no
texto elaborado com arte.
Desejo
a todos que leem esse singelo artigo que se permitam conhecer e explorar o
vastíssimo universo poético de Drummond.
“Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é o meu
coração.”
“O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o
mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.”
“Tenho apenas duas mãos e o sentimento do
mundo.”
“Clara manhã, obrigado, o essencial é viver!”
“Não faças versos sobre acontecimento. Não há
criação nem morte perante a poesia.”
“Que tristes são as coisas, consideradas sem
ênfase.”
*Natanael Lima Jr. é poeta, editor do site DCP e da Imagética Edições.
O VASTO MUNDO DE DRUMMOND
Reviewed by Natanael Lima Jr
on
06:10
Rating:
Gostei muito. Fiquei fã.
ResponderExcluir