GARIMPEIRO DAS PALAVRAS
Postado por DCP I 23 de abril
de 2023
Por Natanael Lima Jr.*
Chega as minhas mãos o novo
livro do poeta e professor Nildo Alfredo Barbosa, “Garimpando
Poesias e Falando da Vida”, editado e impresso pela FacForm Gráfica,
2022, edição do autor.
Nildo é natural de Água Preta,
PE, cidade da Zona da Mata Sul. É professor universitário, mestre em
Psicanálise Aplicada à Saúde e à Educação – UNIDERC, especialização em Gestão
Escolar – UFRPE, licenciado em História – UCSAL, pesquisador da cultura popular
pernambucana, membro do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guararapes/PE – IHJ
e membro fundador da Academia de Letras de Jaboatão dos Guararapes/PE – ALJG.
Publicou o livro de poemas Mosaico, Bagaço, 2015 e participa de
várias Antologias de Poesia no Brasil e em Portugal. Integrou a comissão
executiva da I Feira Literária de Jaboatão dos Guararapes – FLIGUARA, 2011.
Atualmente integra o Conselho Municipal de Cultura de Jaboatão.
Neste seu novo livro, como um atento,
lúcido e sensível garimpeiro, traz uma coletânea em prosa e versos dos seus
escritos, como descreve em sua apresentação: “escritos por algum tempo
guardados, percebi que era tempo de trazer e fazer brotar todo sentimento
empreendido em forma de versos, mesmo não tendo a clareza do título que poderia
concretizar este projeto, uma vez que todo o acervo faz parte de um tesouro até
agora escondido, e para se transformar em uma obra literária ao alcance de
todos, deve ser garimpado”.
Conheci Nildo Barbosa desde
muito jovem, na querida cidade do Cabo de Santo Agostinho/PE., na década de
1980. Ali, iniciava a nossa fraterna amizade e a nossa relação com os
movimentos culturais e sociais.
Passados muitos anos, nos
reencontramos em Jaboatão dos Guararapes para novas empreitadas culturais.
Participamos da construção do projeto da I Feira Literária – FLIGUARA e também
da fundação da Academia de Letras.
Nildo, um autêntico garimpeiro,
aquele que exerce o ofício de garimpar, que explora preciosidades, especialmente
literárias; aquele que procura pedras ou metais preciosos em aluviões, em leitos
de rios e em terras áridas.
Atento e sensível nesta sua
perene busca, o poeta transforma-se em “água corrente” e corta terra e
leitos de rios:
“Água que sai da terra, passa
por aqui
Terra que recebe a água passa
por aqui
Água que corta a terra, passa
por aqui
Por aqui passa água
Por aqui passa gente
Por aqui passa rio
Seguindo leito a baixo
Marcando cantos e recantos
E no solo marcas
profundas”.
Jaboatão dos Guararapes, 23 de
abril de 2023
*Natanael Lima Jr. é
poeta, pesquisador e editor
Nenhum comentário