10 ESCRITORES ESSENCIAIS DO ROMANTISMO BRASILEIRO
Postado por DCP em 20/03/2022
Os escritores do romantismo brasileiro
promoveram uma nova forma de fazer poesia e prosa logo depois da Independência
do Brasil, em 1822.
Temas como o nacionalismo, o indianismo
e os sentimentos internos eram retratados com frequência por esses autores. O
site Domingo com Poesia (DCP) traz nesta postagem “10 escritores
essenciais do romantismo brasileiro”.
ALUÍSIO DE AZEVEDO (1857-1913)
Nascido em São Luís do Maranhão, iniciou
o Movimento Naturalista no Brasil. Aos
19 anos já cursava Belas Artes no Rio de Janeiro e tinha um grande talento para
desenho, caricaturas, pinturas.
Começou a carreira de escritor aos 22
anos de idade, com o lançamento do livro ultrarromântico Uma Lágrima de
Mulher, em 1880. Muitos dos seus romances retratam problemas cotidianos da
época como a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios e a vida
do povo humilde.
O Cortiço (1890) é a sua
obra mais conhecida, escrita quando ele tinha 33 anos, e pouco tempo antes de
se aposentar e viver sua carreira como diplomata.
ÁLVARES DE AZEVEDO (1831 - 1852
Nascido em São Paulo em uma família com
boas condições, Álvares de Azevedo se apaixonou pela escrita assim que
ingressou no curso de Direito na Faculdade do Largo de São Francisco e teve a
oportunidade de conhecer outros escritores românticos.
O livro Lira dos Vinte Anos foi o único organizado pessoalmente pelo poeta, e publicado um ano após a sua morte.
CASIMIRO DE ABREU (1837-1860)
Nascido no Rio de Janeiro, filho de um
rico comerciante português, Casimiro de Abreu só conseguiu escrever o seu único
livro porque esteve distante da família, em Lisboa por quatro anos.
Com 22 anos de idade publicou o seu livro solo, Primaveras (1859), cujo poema "Meus Oito Anos" é até hoje um dos mais conhecidos da literatura. Morreu jovem, já no ano seguinte à publicação, devido ao agravamento de uma tuberculose.
CASTRO ALVES (1847-1871)
Nascido na Bahia em uma família de
médicos, Castro Alves é considerado o maior nome da terceira geração do
romantismo brasileiro, sendo chamado de O Poeta dos Escravos por expor
seus ideais abolicionistas e temáticas sociais.
Seu único livro editado em vida foi Espumas Flutuantes (1870). Dentre as suas poesias mais importantes estão A Primavera, O Navio Negreiro e Vozes dAmérica. Morreu também em decorrência de tuberculose aos 24 anos de idade.
GONÇALVES DIAS (1823-1864)
Nasceu no Maranhão, filho de comerciante
português e uma mulher de descendência negra e indígena, o que viria a ter
influência em sua vida. Foi o principal nome da primeira geração de românticos
brasileiros.
Foi em Portugal que escreveu boa parte
de sua obra, incluindo "Canção do Exílio" (1843), seu poema
mais famoso. Morou no Rio de Janeiro na década de 40, procurando viver de sua
escrita, e seu primeiro livro, Primeiros Cantos (1947) foi recebido com
sucesso no meio literário.
Publicou ainda Segundos Cantos,
em 1948, e Últimos Cantos, em 1951. Seus poemas líricos e épicos
tratavam principalmente do amor, a natureza, a pátria (nacionalismo), o índio
(indianismo), e a religião.
Gonçalves Dias morreu em um naufrágio
quando voltava de uma viagem para cuidar da saúde na Europa, também jovem, aos
41 anos de idade.
GONÇALVES MAGALHÃES (1811-1887)
Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, é
considerado o primeiro poeta romântico brasileiro.
Foi em sua viagem à França em 1933, no
entanto, que teve contato com romancistas franceses e volta ao Brasil para
publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, obra inaugural do romantismo
nacional e considerada a sua criação mais conhecida.
Além de escritor, Gonçalves de Magalhães
foi político, e professor, tendo viajado pela Europa como diplomata e lecionado
filosofia no Colégio Pedro II. Morreu
aos 70 anos, na Itália.
JOAQUIM MANUEL DE MACEDO (1820-1882)
O carioca Joaquim Manuel de Macedo foi
muito famoso em sua época e é lembrado como o primeiro autor realmente
expressivo da literatura nacional.
Apesar de ter se formado em medicina,
nunca exerceu a profissão, preferindo o mundo literário. Sua obra é extensa,
com quase quarenta romances e peças de teatro. É considerado, inclusive, um dos
responsáveis pela criação do teatro no Brasil.
Com um sentimentalismo exagerado (que o
público da época amava), alcançou o sucesso máximo com a sua obra A
Moreninha (1844), considerada uma das primeiras obras românticas do país.
Adoeceu por volta dos 60 anos de idade, de doenças mentais, vindo a falecer aos 62 anos, onde nasceu, no Rio de Janeiro.
JOSÉ DE ALENCAR (1829-1877)
O cearense José de Alencar é considerado
o precursor do romantismo no Brasil principalmente de caráter indianista,
nacionalista e regionalista.
Enquanto trabalhava como advogado no Rio
de Janeiro, publicou em formato de folhetim sua obra mais aclamada, O
Guarani (1857), logo um sucesso transformado em livro.
Entre os seus clássicos, aclamados
inclusive por Machado de Assis, estão A Viuvinha (1860), Lucíola
(1862), Senhora (1865) e Iracema (1875).
MACHADO DE ASSIS (1839-1908)
Nascido em uma família pobre no morro do
Livramento no Rio de Janeiro, Machado de Assis teve pouco acesso à educação
formal e ainda assim tornou-se o maior nome da literatura brasileira.
A primeira fase da sua escrita é
considerada romântica, e depois o autor enveredou para o realismo.
São considerados romances românticos as
obras Ressurreição (1872), A mão e a Luva (1874), Helena
(1876). Além de escrever, exerceu também cargos públicos, como oficial da
Secretaria da Agricultura, e fundou a Academia Brasileira de Letras.
Após a morte de sua esposa, 1904, seus problemas de saúde (como a epilepsia) se agravaram. Debilitado e abatido pela morte de sua companheira e revisora, o escritor morreu em 1908, aos 69 anos.
MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA (1831-1861)
O carioca e conterrâneo de Machado de
Assis veio de uma família de portugueses e desde adolescente foi interessado
pela arte literária.
Seu único romance publicado, que tem um
lugar especial no hall do romantismo brasileiro, veio a público enquanto
o autor era redator e revisor do jornal Correio Mercantil. Em formato de
folhetins, entre junho de 1852 a julho de 1853, foram publicadas as histórias
de Memórias de Um Sargento de Milícias, um grande sucesso da época.
Manuel Antônio de Almeida faleceu aos 30
anos de idade, vítima de um naufrágio, quando viajava pelo Rio de Janeiro para
iniciar a sua campanha política.
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