O VOO ONÍRICO DE CÍCERO MELO
Publicado por DCP em 7/2/21
Poeta Cícero Melo I Foto: Reprodução
Poeta alagoano, radicado no Recife desde 1980, publicou os livros "O Verbo Sitiado", "Poemas da Escuridão" e "O Poema da Danação". Participou de diversas antologias, principalmente na França. É formado em Administração pela PUC/RJ, possui o First Certificate of the Cambridge University (Cultura Inglesa) e proficiência em Francês pela UniCo. Tem inédito o livro "O Leitor de Ossos".
CINCO POEMAS DE CÍCERO MELO
SE EU ME CHAMASSE DRUMMOND
Se eu me chamasse Drummond
Não andaria de bonde.
Faria tudo de ludo,
Desde o poema-piaba
Até a piaba-braba.
E mesmo poema mudo.
Toda tarde iria à praia
De sobretudo.
CANÇÃO DA BELA DAMA
Por causa de uma bela dama
perdi meu reino e cavalo.
E até hoje procuro,
não o reino, não a dama,
só procuro o meu cavalo.
O MARTELO
Neste mundo nada muda.
Nunca muda o negro vento.
Nunca muda a noite muda
No reino que rei invento.
No reino que nunca invento
Nunca muda a morte, nunca.
Nunca muda, nada muda
No vinco do encantamento.
Neste mundo nada morre.
Nada corre atrás do vento.
Nunca é noite, nada escorre
da taça do pensamento.
MINHA MÃE
Minha mãe não tinha nada.
Uma trouxa na cabeça
e uma lua na estrada.
E dentro do coracão
a minha paixão danada.
TERCEIRA CARTA A UM JOVEM
Observe os bêbados
os anjos, as prostitutas,
os vislumbres
entusiasmados
do passado,
as vastidões aquáticas.
Não perca os cães,
nem a ternura.
Que maravilha! Já admirava o sonetista; agora amplio as margens da obra poética! Bravo, Cícero!!!!!!! Que saia logo este livro!
ResponderExcluirParabéns...Vc é uma grande vencedor.🤝🤝🤝
ResponderExcluirParabéns...Vc é uma grande vencedor.🤝🤝🤝
ResponderExcluirParabéns, inteligencia, cultura e arte não é para todo mundo.
ResponderExcluirVocê já tem ar d intelectual
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