Lançamento dia 22 de Setembro
“UM GIRASSOL DE SONHO E ESPERANÇA”
(Luiz Carlos Monteiro)
“O POETA SE ALIMENTA DE VIDA”
(Nelino Azevedo)
“UM LIVRO QUE EMBALA OS SONHOS”
(Douglas Menezes)
Natanael Lima Jr
ELEGIA A HAMLET II
[...] A natureza está em desordem... Execrável
inquietação!
Oh! Nunca eu tivesse nascido para castigá-la!
(Shakespeare)
compadece-te de nós
compadece-te de nós
que albergamos as dores
as aflições, os tormentos
& as traições que retalham os corações
tudo está consumado
não haverá palavra sobre palavra
& a voz altissonante
emudecerá
o amanhã
nada mais nos resta a crer
a palavra jaz morta
oh! inquietação execrável!
o que virá depois
nada mais importa
quero o silêncio das horas
& a vertigem dos passos
Incautos
(do livro “À espera do último girassol & outros poemas”, poema classificado no XXXIII Concurso Internacional de Literatura, promovido pelas Edições AG – SP/2011)
(do livro “À espera do último girassol & outros poemas”, poema classificado no XXXIII Concurso Internacional de Literatura, promovido pelas Edições AG – SP/2011)
Arnaldo Tobias
(1939 – 2002)
CANTO ENTRE VIETNÃS
(1939 – 2002)
a Audádlio Alves
não sei porque poeta
ou homem assim de silêncio
(o grito aço na memória)
vim e sou para o visgo da canção
e o fumaçar de bombas
ou homem assim de silêncio
(o grito aço na memória)
vim e sou para o visgo da canção
e o fumaçar de bombas
homem entre caspa e cápsulas
homem porque desse silêncio
me faço em tantos pedaços
me faço em nuvens que levam
a Da Nang e suas criancinhas
me faço em tantos pedaços
me faço em nuvens que levam
a Da Nang e suas criancinhas
muito se foi de mim amigo
e dessas nossas criancinhas
tantas nas suas tranças
nas suas tranças louras de "napalm"
e dessas nossas criancinhas
tantas nas suas tranças
nas suas tranças louras de "napalm"
ah doces mães vietnamitas
aqui estou nos olhos de fuligem
André na sua roupinha de Batman
pisando as minhas horas
e as minhas palavras
Luiz Carlos Monteiro
aqui estou nos olhos de fuligem
André na sua roupinha de Batman
pisando as minhas horas
e as minhas palavras
Luiz Carlos Monteiro
(1957 – 2011)
RECIFE - PÁTIO DE SÃO PEDRO
Vagabundos na praça.
Pessoas
entoando versículos e loas,
artifícios e ogivas antigos
Pessoas
entoando versículos e loas,
artifícios e ogivas antigos
mercenários mecenas milícias.
Esta cidade com seus teatros,
bares e praias, cinemas amontoados
bares e praias, cinemas amontoados
Luzes incertas e avaras,
parco e raro um povo insofrido,
decadência obscura de pontes e rios,
caminhadas na noite, reencontros e festas
parco e raro um povo insofrido,
decadência obscura de pontes e rios,
caminhadas na noite, reencontros e festas
Docas da Avenida Rio Branco,
Compadre Teófilo, amigo e poeta!
Compadre Teófilo, amigo e poeta!
Esta cidade com seus poetas
avessos direitos cisneiros.
Pátios afins com requintes de urbe
pós-moderno trans(n)adas futuro.
Mulheres de beleza fatal e morena.
Brinquedos esquivos perdidos espúrios.
Antonino Oliveira Júnior*
avessos direitos cisneiros.
Pátios afins com requintes de urbe
pós-moderno trans(n)adas futuro.
Mulheres de beleza fatal e morena.
Brinquedos esquivos perdidos espúrios.
Antonino Oliveira Júnior*
GRÁVIDOS
E foi assim...
De repente...
Minha retina sugou a tua imagem
E passei a ver o mundo
Com as cores dos teus olhos...
Com o teu jeito de ver a vida.
Perdi a minha voz,
Usei a tua para falar de paixão
Da paixão que tu sentias,
Da forma como tu sentes...
Contigo ao meu lado
Enriqueci os meus versos
(tão sem rimas)
E falei de amor,
Do teu amor, do meu amor...
Fui tragado pelos teus sentimentos
E te acumulei dentro de mim.
E grávidos um do outro
Soltamos no mundo
Partículas luminosas,
Luzes incandescentes
Geradas no ventre de nossos momentos.
*Antonino Oliveira Júnior é poeta e da Academia Cabense de Letras.
*Antonino Oliveira Júnior é poeta e da Academia Cabense de Letras.
Auzeh Auzerina Freitas
SEMPRE AURORAS
(Fragmento)
Minhas raras noites
Vigílias
E manhãs sempre
Auroras.
Nos meus olhos
Brilho de orvalho
Que molhou minha alma
Em bosques de girassóis.
Colho trigo
Tempero meu pão
Prato do dia
Simplesmente poesia.
Elias Gomes*
Cores DA SAUDADE
Não consigo enxergar um mundo incolor,
Uma vida inodora,
A vida sem amor.
Vejo na música que escuto, a cor da sua poesia,
Vejo em tudo que não vejo,
A colorida cor da alegria.
Uma certa vez, falando em saudade,
Eu já falei pensando adiante,
Que sinto já saudade do futuro, e um tanto do presente
Do qual sou amante.
Vejo a cor cinza do passado, a cor azul do presente,
Vejo a visão multicolorida, como a do arco-íris,
A cada passo que dou à frente,
Viver no presente o futuro,
É sentir a vida diferente.
*Elias Gomes, poeta licenciado e atual Prefeito do Jaboatão dos Guararapes.
Lançamento dia 22 de Setembro
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