EZEQUIEL FREIRE
(Rezende/RJ,
10/04/1850 – Caçapava/SP, 14/11/1891)
Cronista
e poeta Parnasiano. Foi redator dos jornais Correio Paulistano, Diário Popular,
A Província de São Paulo e a Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, além de
colaborar com diversas revistas do país. Rompeu com o Romantismo e o lirismo de
sua época, através de uma produção literária que trazia como temática as
questões nacionalistas e ambientais. Em 1874 publica o seu primeiro livro de
poemas “Flores do campo”.
Fé e esperança
Quando transpões o limiar da Egreja,
— Velada a fronte calma e scismadora,
Vae com tu'alma a Fé consoladora
E de tu'alma a paz minh'alma inveja.
— Velada a fronte calma e scismadora,
Vae com tu'alma a Fé consoladora
E de tu'alma a paz minh'alma inveja.
Depois, se teu olhar límpido adeja
Sobre as feições da Virgem redemptora,
A luz da Esp'rança que teus olhos doura
Aclara o limbo em que meu ser negreja.
Sobre as feições da Virgem redemptora,
A luz da Esp'rança que teus olhos doura
Aclara o limbo em que meu ser negreja.
E ao ver-te assim, na prece silenciosa,
Prosternada ao sopé do Santo Lenho,
Sinto a influição da crença religiosa;
Prosternada ao sopé do Santo Lenho,
Sinto a influição da crença religiosa;
E peço a Deus, com fervoroso empenho,
Faça vingar-me n'alma duvidosa
Essas doces virtudes que não tenho.
Faça vingar-me n'alma duvidosa
Essas doces virtudes que não tenho.
EZEQUIEL FREIRE
Reviewed by Natanael Lima Jr
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18:40
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