JOSE RODRIGUES DE PAIVA: SEMEADOR DE MEMÓRIAS

Postado Por DCP I 27/01/2025 

Por Natanael Lima Jr.*





José Rodrigues de Paiva, nasceu em Coimbra/Portugal (1945), e vive

em Pernambuco desde 1951. / Foto: Arquivo DCP







Consolidado entre os mais importantes e completos escritores do Brasil. É poeta, contista, ensaísta, cronista e conferencista. Nasceu em Coimbra, Portugal (1945), e vive em Pernambuco desde 1951. É bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco e doutor em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco, onde foi professor de Literatura Portuguesa. Durante vários anos, presidiu a Associação de Estudos Portugueses Jordão Emerenciano. Criou e dirigiu as revistas Encontro e Estudos Portugueses. Colaborou no suplemento literário do Diario de Pernambuco e integrou a Geração 65 de escritores pernambucanos. Publicou cerca de duas dezenas de livros, entre poesia, contos, ensaios, crônicas, estudos literários, etc.

 

Recebi do estimado escritor as seguintes obras, as quais guardo com imenso carinho, fontes permanentes de leitura e pesquisa: Como as nuvens que passam (contos, 2018), Outras fulgurações (ensaios, 2020), As palavras e os dias: a memória do caminho, vol. 2 (diário, 2023) e recentemente, Cadernos da iniciação (notas de leituras, transcrições, contos, artigos, poemas, anotações de viagens e quase-diário, 2024).





Capa/Divulgação do livro Cadernos da iniciação (2024)





 

No seu Cadernos da iniciação (Nota do autor, pág. 8), José Rodrigues relata a marcante contribuição da obra de Albert Camus, no seu exercício de escrita: “Não exatamente com a sua parte nuclear, mas com uma escrita ”lateral” da obra camusiana, notas que não se destinavam a publicação, que pertenciam ao “subsolo” do literário, a escrita dos Carnets, que, em publicação póstuma, em algumas edições preenchem três volumes. Era uma espécie de diário de trabalho: registro de temas e materiais os mais diversos, projetos e reflexões para desenvolvimento posterior, relatos de viagens, banalidades do cotidiano, etc., era essa miríade de diversidades que dava corpo às notas que por dezesseis anos (1935- 1951) Camus registrou nos seus Cadernos (ou talvez fosse mais acertado chamar-lhes “Cadernetas” atentando para o título original e para a função de livros de anotações que os Carnets cumpriram). “

 

Sorte do leitor que tem em mãos estes livros. Sua obra proporciona momentos de deslumbramento ao percorrer seus largos campos literários, semeados por suas sábias e sensíveis mãos.

 

Ler José Rodrigues de Paiva é um exercício de reavivamento da memória e que nos situa permanentemente com o desconhecido que, como ele próprio afirma em Cadernos da iniciação (2024): “Queria então [...] traçar uma espécie de caminho da minha aprendizagem literária. Quis deixar registrada a minha trajetória espiritual de modo a poder revê-la mais tarde [...], para, a partir dela, fazer a autoavaliação do que houvesse realizado”.



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*Natanael Lima Jr.  é poeta, editor e produtor cultural pernambucano



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Um comentário

  1. Belíssima homenagem ao Mestre! Tive a honra de ser seu aluno-amigo, receber e ler suas obras.

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