GONÇALVES MAGALHÃES
(Rio
de Janeiro/RJ, 13/08/1811 - Roma /Itália, 10/07/1882)
Poeta,
médico, professor, diplomata, político e ensaísta. Participou de missões
diplomáticas na França, Itália, Vaticano, Argentina, Uruguai e Paraguai. Foi
introdutor do Romantismo no Brasil. Embora voltado para a poesia de conteúdo
religioso, como fica claro em “Suspiros
poéticos e saudades”, também produziu poesia indianista de caráter
nacionalista, como no poema épico “A
Confederação dos Tamoios”. Obra que despertou grande polêmica entre os
críticos de sua época, liderados por José de Alencar, que questionavam que esta
não representava os ideais do Romantismo. Dedicou-se também ao gênero dramático
escrevendo algumas peças como “Antonio
José” e “O Poeta e a Inquisição”,
ambos em 1838.
Principais
Obras: Suspiros poéticos e saudades
(1837); Confederação dos Tamoios (1857); Os mistérios (1858); Ucrânia (1862);
Cânticos fúnebres (1864).
A
flor suspiros
Eu amo as flores
Que mudamente
Paixões explicam
Que o peito sente.
Amo a saudade,
O amor-perfeito;
Mas o suspiro
Trago no peito.
A forma esbelta
Termina em ponta,
Como lança
Que ao céu remonta.
Assim, minha alma,
Suspiros geras,
Que ferir podem
As mesmas feras.
É sempre triste,
Ensanguentado,
Quer seco morra,
Quer brilhe em prado.
Tais meus suspiros...
Mas não prossigas,
Ninguém se move,
Por mais que digas.
Eu amo as flores
Que mudamente
Paixões explicam
Que o peito sente.
Amo a saudade,
O amor-perfeito;
Mas o suspiro
Trago no peito.
A forma esbelta
Termina em ponta,
Como lança
Que ao céu remonta.
Assim, minha alma,
Suspiros geras,
Que ferir podem
As mesmas feras.
É sempre triste,
Ensanguentado,
Quer seco morra,
Quer brilhe em prado.
Tais meus suspiros...
Mas não prossigas,
Ninguém se move,
Por mais que digas.
GONÇALVES MAGALHÃES
Reviewed by Natanael Lima Jr
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