O AMOR E O DESAMOR NA LITERATURA
Por Natanael Lima Jr.*
Eros e Psiquê de
Jean François Lagrenée I
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na Santhatela I Reprodução
O amor e o desamor são temas
recorrentes na literatura, seja na prosa ou verso. São sentimentos universais
que por mais explorados que sejam, continuam sendo inspiradores para poetas e
escritores.
O amor em todas as suas diferentes
formas, inclusive a do desamor, sempre foram inspiradores de belos poemas e
romances em todas as épocas e em todas as línguas.
Grandes poetas como Luís de Camões, Gonçalves
Dias, Castro Alves, Álvares de Azevedo, Fernando Pessoa, Pablo Neruda, Olavo
Bilac, Cruz e Sousa, Florbela Espanca, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes, que
souberam em seus versos, cantar o amor e o desamor.
“O
amor é um fogo que arde sem se ver”, define o grande poeta português,
Luís de Camões em seu magnífico soneto: “O
amor é um fogo que arde sem se ver / é ferida que dói e não se sente; / é um
contentamento descontente; / é dor que desatina sem doer; / é não querer mais
que bem querer; / é solitário andar por entre a gente; / é um não contentar-se
de contente; / é cuidar que se ganha em se perder; (...)”.
Em seu “Via Láctea”, Olavo Bilac é capaz de ouvir e de entender estrelas
por amor: “Ora (direis) ouvir estrelas!
Certo / Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, / Que, para ouvi-las,
muita vez desperto / E abro as janelas, pálido de espanto... (...) / E eu vos
direi: “Amai para entendê-las! / Pois só quem ama pode ter ouvido / Capaz de
ouvir e de entender estrelas.”.
Já o desamor “é um barco sem mar, um
campo sem flor”, canta Vinícius em seu “Samba
em prelúdio”: “Eu sem você não tenho
porque / Porque sem você não sei nem chorar / Sou chama sem luz / Jardim sem
luar / Luar sem amor / Amor sem se dar / Eu sem você / Sou só desamor / Um
barco sem mar/ Um campo sem flor / Tristeza que vai / Tristeza que vem / Sem
você, meu amor, eu não sou ninguém (...)”.
Diz Aristóteles que "o amor é o
sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser
humano à perfeição". Acrescenta o filósofo grego que "ama-se mais o
que se conquistou com esforço" e conclui que "o amor é o estado em
que melhor as pessoas veem as coisas como realmente elas são."
*Natanael Lima Jr. é poeta, editor do site
Domingo com Poesia e da Imagética Edições
O AMOR E O DESAMOR NA LITERATURA
Reviewed by Natanael Lima Jr
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01:27
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Muito bom, Natanael. Excelente resumo de sentimentos tão presentes no lirismo através dos tempos. Parabéns peo texto e também po seu trabalho para manter este valioso site.l
ResponderExcluirObg pelo incentivo, isso já nos basta. Abç
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