NEILTON LIMA

Alimentados pela bela, triste, mas esperançosa reflexão poética de Audálio Alves, chegamos ao fim de mais um ano. E louvando O Órfão de Belém “Movem-se os sinos / e se ergue o canto: / – a voz do ferro / se une à do povo. / Nasceste tanto, / morreste tanto, e ainda pobre / nasces de novo”.

Ano de tempestades e horizontes mareantes. Que encerra um ciclo e floresce em si, afinal, velho-ano-menino “Hoje renovas / o teu caminho / e eu já te espero / no ano que vem: / depois dos Magos, / do pão, do vinho / – depois da morte, / depois do além”.

E com a chegada, a certeza plena: sejamos fortes, sólidos e sábios. É nova estrada, árdua caminhada, criança a nos iluminar: “Menino pobre, / Deus peregrino, / do homem ao céu / os ares cantam: / – Já quando eu velho, / serás menino / de mãos vazias / que ao Céu levantam-se”.

O ano a vir será de luta, suor e muita união. Façamos nós a nossa parte, com engenho, fé e coração. Sigamos nós o nosso ofício, crendo na Arte e na Educação. E ao velho ano, menino vindo, Amor e Luz, neste poema-canção “Movem-se os sinos, / e se ergue o canto: / – a voz do ferro / se une à do povo. / Nasceste tanto, / morreste tanto, / e ainda pobre / nasce de novo”.

Um Feliz Ano Novo, pleno de Horizontes.

(Neilton Limeira Florentino de Lima)