CHEIRO DO SOL (CONTO DE DOUGLAS MENEZES)
Foto: reprodução
Katharina falou que seu edredom cheirava a sol. Surpreso,
achei a frase carregada de poesia e significado. Realmente o sol cheira a vida.
Não à toa, as esperanças brilham e se tornam realidade nos dias de sol, quando
a luz, por ser intensa, traz a energia que produz mudanças que podem
revolucionar a existência. Por isso, a intensa alegria de rever pessoas, de
olhar crianças, de achar mais beleza na época de
sol intenso. Corpos na areia se lambuzando, salgando o mar com seu suor
sensual. Intensidade dos sons tão audível como sem compreensão, comunicação
bastante para enaltecer uma época. E essa vontade de correr correndo sem rumo
que a claridade produz. Algazarra é própria dos dias de sol, onde o riso fácil
fica estampado nas faces antes preguiçosas. Vontade imensa de cheirar a vida,
com seus frutos bons e ruins. Mas assim mesmo, vida, cheirando a sol, como o
edredom de Katharina.
Quantas canções, poemas mil, imagens, a tecerem loas a esse brilho que se nega a ser morte, ressuscitando coragem e vontades de fazer coisas diferentes, ou de refazer o que se fez mal feito. Pois aqui, o sol carrega, todo dia, uma primavera de jardins floridos. Sim, compreendo agora que tudo cheira a sol, como o edredom de Katharina.
Quantas canções, poemas mil, imagens, a tecerem loas a esse brilho que se nega a ser morte, ressuscitando coragem e vontades de fazer coisas diferentes, ou de refazer o que se fez mal feito. Pois aqui, o sol carrega, todo dia, uma primavera de jardins floridos. Sim, compreendo agora que tudo cheira a sol, como o edredom de Katharina.
CHEIRO DO SOL (CONTO DE DOUGLAS MENEZES)
Reviewed by Natanael Lima Jr
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