POEMAS DO DOMINGO
Poemas
de Almésio Nascimento, Valque Santos, Ducabellaflor, Eulina Monteiro e Doralice
Santana
Envelheci
Almésio
Nascimento
Dizem
que eu tenho
Cabelos
brancos, muitos até.
Mas
não os vejo
Então,
envelheci.
Ainda
vivo. Perceberam.
E
eu não percebi.
Nunca
dei importância a esses detalhes.
Sou
para eles o retrato
Que
não imagino. E por que será que,
Diante
de mim,
Nos
reflexos do espelho,
Não
consigo ver
As
traves do tempo?
Masmorra
Valque
Santos
O
cheiro de malbec exala
Do
quarto vazio
Do
quarto em bombardeios
De
palavras ditas por impulso
Entre
gritos e horrores
Na
guerra de um amor proibido.
As
desavenças dos erros e acertos
Turbilhões
de elogios e ironias
Na
defesa do amor que insiste ser proibido
Pela
magia do corpo em efervescência.
Lágrimas
Risos
Abandono
Dor
Do
beijo e da agonia
Da
pressa de se despir
Da
despedida
Da
vontade de ir e querer ficar
No
silêncio
Na
escuridão
Camuflados
como soldados na trincheira.
Obstruídas
palavras
Decabellaflor
Obstruídas palavras
Enlaçadas nos aços
Sangrios do porvir
Falam de tudo
Nada dizem
Silentes a sorrir
Vivendo o pretérito
Desprezo o presente
Do futuro que nos desfez
Foste ausência
Escolhas sem anuências
Mais de uma vez
Tento de novo
Era uma vez
Uma donzela burguesa
Que pela leveza do tempo
Se desfez em pluma
Na dança do vento
Orvalhados olhos
Não perceberam o perigo
Que trazia o destino
Na natureza das horas
Foi assim que me fui
Parada na estrada
Que nunca se finda
Conto de fadas?
Mais seria ironia
Das princesas em romaria
Enlaçadas nos aços
Sangrios do porvir
Falam de tudo
Nada dizem
Silentes a sorrir
Vivendo o pretérito
Desprezo o presente
Do futuro que nos desfez
Foste ausência
Escolhas sem anuências
Mais de uma vez
Tento de novo
Era uma vez
Uma donzela burguesa
Que pela leveza do tempo
Se desfez em pluma
Na dança do vento
Orvalhados olhos
Não perceberam o perigo
Que trazia o destino
Na natureza das horas
Foi assim que me fui
Parada na estrada
Que nunca se finda
Conto de fadas?
Mais seria ironia
Das princesas em romaria
O Julgamento*
Eulina Monteiro
Apenas uma sentença
uma só.
Tanto absorve como condena
uma sentença.
A pena, que tanto absorve
como condena, uma vida
tanto pode voar livre nas asas
dos ventos, como pode encarcerar
em uma sela fria.
*Do livro Asas da
Poesia
Reflexão nº 1*
Doralice Santana
Quem duvida
do amor verdadeiro
não sabe que o sol
lambe a lua
pra sentir o gosto
do seu beijo
o dia inteiro.
*Do livro Do amar... e
outros versos
POEMAS DO DOMINGO
Reviewed by Natanael Lima Jr
on
09:01
Rating:
Gostei domingo com poesia, Obrigada pelo carinho.Belissimas poesias, Parabens a todos aos autores, com esse trabalho lindo.
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