Poesia e Música*
Agenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, nasceu “carioca da gema”, em 30 de outubro de 1908 e faleceu em 30 de novembro de 1980. Criador da Estação Primeira de Mangueira e foi quem escolheu as cores verde e rosa para a agremiação. Admirado por Villa-Lobos, que o apresentou ao maestro Leopold Stonovisk, na época tido como o melhor do mundo.
O mestre Cartola gostava mesmo era de compor e escrever músicas, extraídas de parcerias com seus amigos boêmios Carlos Cachaça e Elton Medeiros. Viveu e morreu pobre e viveu e morreu alegre e feliz ao seu modo. Depois do seu falecimento foi reconhecido com as gravações de seus poemas musicados por grandes nomes da MPB como Ney Matogrosso, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Fagner, Caetano Veloso, entre outros.
*Pesquisa e texto: Ronildo Albertim
POEMAS MUSICADOS POR CARTOLA
O mundo é um moinho
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
As rosas não falam
Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão,
Enfim
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão,
Enfim
Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim
Queixo-me às rosas,
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai
Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim
Divina dama
Tudo acabado
E o baile encerrado
Atordoado fiquei
Eu dancei com você
Divina dama
Com o coração
Queimando em chama
E o baile encerrado
Atordoado fiquei
Eu dancei com você
Divina dama
Com o coração
Queimando em chama
Fiquei louco
Pasmado por completo
Quando me vi tão perto
De quem tenho amizade
Na febre da dança
Senti tamanha emoção
Devorar-me o coração
Divina dama
Pasmado por completo
Quando me vi tão perto
De quem tenho amizade
Na febre da dança
Senti tamanha emoção
Devorar-me o coração
Divina dama
Quando eu vi
Que a festa estava encerrada
E não restava mais nada
De felicidade
Vinguei-me nas cordas
Da lira de um trovador
Condenando o teu amor
Tudo acabado
Que a festa estava encerrada
E não restava mais nada
De felicidade
Vinguei-me nas cordas
Da lira de um trovador
Condenando o teu amor
Tudo acabado
Poesia e Música*
Reviewed by Natanael Lima Jr
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16:30
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