JUNQUEIRA FREIRE
(Salvador/BA,
31/12/1832 – Salvador/BA, 24/06/1855)
Poeta
da terceira geração do Romantismo. Monge beneditino viveu sua vida entre o
religioso e o profano. Suas experiências foram retratadas em suas duas obras
poéticas: “Inspirações do Claustro” e “Contradições
Poéticas”. Sua obra lírica divide-se
em religiosa, amorosa, filosófica, popular (sertaneja) e alguma poesia social
de tom declamatório, precursora de Castro Alves. Patrono da Cadeira nº 25 da
Academia Brasileira de Letras. Junqueira foge do Romantismo quando preza pela
forma rígida de seus poemas, ainda ligados ao Neoclassicismo.
Principais
Obras: Inspirações do claustro (1855);
Contradições poéticas.
Soneto
Arda de raiva contra mim a
intriga,
Morra de dor a inveja insaciável;
Destile seu veneno detestável
A vil calúnia, pérfida inimiga.
Una-se todo, em traiçoeira liga,
Contra mim só, o mundo miserável.
Alimente por mim ódio entranhável
O coração da terra que me abriga.
Sei rir-me da vaidade dos
humanos;
Sei desprezar um nome não
preciso;
Sei insultar uns cálculos insanos.
Durmo feliz sobre o suave riso
De uns lábios de mulher gentis, ufanos;
E o mais que os homens são, desprezo e
piso.
JUNQUEIRA FREIRE
Reviewed by Natanael Lima Jr
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20:39
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Queo seguir este sita, que devo fazer?
ResponderExcluirFrancisco Miguel de Moura
e-mail:franciscomigueldemoura@gmail.com