HUMBERTO DE CAMPOS
(Miritiba/MA,
25/10/1886 - Rio de Janeiro/RJ, 05/12/1934)
Poeta,
jornalista, escritor e político. Iniciou sua carreira literária aos 17 anos
escrevendo para os jornais: Folha do Norte e N’A Província do Pará. Em 1910
publica seu primeiro livro de poesias, intitulado “Poeira”. Em 1912 fixa residência no Rio de Janeiro onde passa a se
envolver com o movimento literário da época, conhecendo vários escritores como
Coelho Neto, Emílio Menezes e Olavo Bilac. Torna-se conhecido nacionalmente por
suas crônicas publicadas em diversos jornais do Rio de Janeiro, São Paulo e de
outras capitais brasileiras, onde assinava sua coluna sob o pseudônimo de Conselheiro
XX. Em 1919 ingressa na Academia Brasileira de Letras, sucedendo Emílio de
Menezes na Cadeira nº 20, cujo patrono é Joaquim Manuel de Macedo. Um ano
depois ingressa na política, elegendo-se deputado federal pelo Maranhão. Poeta neoparnasiano,
autodidata e grande leitor, torna-se um erudito. Fez parte do grupo da fase de
transição anterior a 1922. Fez também crítica literária de natureza
impressionista.
Principais
Obras: Poeira (1910); A serpente de
bronze (1921 – contos); Grãos de mostarda (1926); Poesias completas (1933).
Dor
Há de ser uma estrada de amarguras
a tua vida. E andá-la-ás sozinho,
vendo sempre fugir o que procuras
disse-me um dia um pálido advinho.
No entanto, sempre hás de cantar
venturas
que jamais encontraste... O teu
caminho,
dirás que é cheio de alegrias puras,
de horas boas, de beijos, de carinho..."
E assim tem sido... Escondo os meus
lamentos:
É meu destino suportar sorrindo
as desventuras e os padecimentos.
E no mundo hei de andar, neste
desgosto,
a mentir ao meu íntimo, cobrindo
os sinais destas lágrimas no rosto!
HUMBERTO DE CAMPOS
Reviewed by Natanael Lima Jr
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20:28
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