DEMÓSTENES DE OLINDA
(Vitória
de Santo Antão/PE, 20/10/1873 – Queluz/MG, 15/08/1900)
Poeta
e bacharel em direito, formou-se na Faculdade de Direito do Recife, tornou-se Juiz
de Direito no Estado de Minas Gerais. Dedicou-se à poesia muito jovem. Em 1894
estreou na poesia com Ortivos, obra
prefaciada por Clóvis Beviláqua e dedicada a Teotônio Freire. É patrono da Cadeira
nº 20 da Academia Pernambucana de Letras.
A
uma desenhista
Olha: vou descrever-te uma paisagem...
Toma o pincel: desenha, agora um ninho
Onde alvíssimo pássaro, sozinho,
Guarda zeloso a sede da plumagem.
Um verde campo, flores na roupagem,
Trêmulo, um fio d'água no caminho,
Onde um luar da maciez do arminho
Vá se esbatendo. Lucido, na margem.
Uma casinha branca; ao lado, ao lado
Um pequeno arvoredo onde, ao sol posto,
Tímido, canta um rouxinol pousado.
Medita n'este rápido composto...
Toma o pincel: desenha com cuidado
O que n'este soneto deixo exposto.
Olha: vou descrever-te uma paisagem...
Toma o pincel: desenha, agora um ninho
Onde alvíssimo pássaro, sozinho,
Guarda zeloso a sede da plumagem.
Um verde campo, flores na roupagem,
Trêmulo, um fio d'água no caminho,
Onde um luar da maciez do arminho
Vá se esbatendo. Lucido, na margem.
Uma casinha branca; ao lado, ao lado
Um pequeno arvoredo onde, ao sol posto,
Tímido, canta um rouxinol pousado.
Medita n'este rápido composto...
Toma o pincel: desenha com cuidado
O que n'este soneto deixo exposto.
DEMÓSTENES DE OLINDA
Reviewed by Natanael Lima Jr
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18:30
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