ORESTES BARBOSA
(Rio
de Janeiro/RJ, 07/05/1893 - Rio de Janeiro/RJ, 15/08/1966)
Poeta,
cronista e jornalista. Iniciou sua carreira como revisor no jornal O Mundo,
depois se transferiu para o jornal Diário de Notícias como jornalista. Escreveu
a matéria “Dilermando de Assis o homem
que matou Euclides da Cunha” a qual teve repercussão na época. Foi preso em
1921 por duas vezes devido a processos de injúria e ficou conhecido como o “Cronista dos Encarcerados”. Foi
parceiro de Noel Rosa, Custódio Mesquita, J. Tomás, Francisco Alves e Sílvio
Caldas. Escreveu Manoel Bandeira sobre sua obra “Chão de Estrelas”: “Se se
fizesse aqui um concurso, como fizeram na França, para apurar qual o verso mais
bonito de nossa língua, talvez eu votasse naquele de Orestes em que ele diz: Tu pisavas os astros distraídas....”
(Jornal do Brasil, 18 de janeiro de 1956.)
Principais
Obras: Penunbra sagrada (1917);
Água-marinha (1921); Na prisão (1922); Ban-ban-ban (1923); O pato preto (1927);
Chão de estrelas (1965).
Adeus
Adeus, palavra pequena
Tão grande na tradução
Adeus que eu disse com pena
Sangrando o meu coração
Eu disse adeus disfarçando
Calando a sinceridade
Com os olhos lacrimejando
Pensando já na saudade
Adeus, recordo chorando
Na mágoa dos dias meus
As tuas mãos se agitando
De longe dizendo adeus
Adeus, gaivotas voando
De tarde junto do cais
Um lenço branco acenando
Um sonho que não vem mais
Adeus, palavra pequena
Tão grande na tradução
Adeus que eu disse com pena
Sangrando o meu coração
Eu disse adeus disfarçando
Calando a sinceridade
Com os olhos lacrimejando
Pensando já na saudade
Adeus, recordo chorando
Na mágoa dos dias meus
As tuas mãos se agitando
De longe dizendo adeus
Adeus, gaivotas voando
De tarde junto do cais
Um lenço branco acenando
Um sonho que não vem mais
ORESTES BARBOSA
Reviewed by Natanael Lima Jr
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10:17
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