NARCISA AMÁLIA
(São
João da Barra/RJ, 03/04/1856 - Rio de Janeiro/RJ, 24/06/1924)
Poetisa
parnasiana possuía uma poesia vigorosa, forte e marcante, logo encantou a
intelectualidade da época. Seu livro de estreia foi “Nebulosas”, com poemas românticos, bem ao gosta da época. Primeira
mulher jornalista profissional do Brasil. Fundou o jornal Gazetinha de conteúdo
feminista. Trazia em sua poética uma forte sensibilidade social, tratou com
pioneirismo a identidade nacional. Sua poesia imprimia uma temática do retorno
ao lugar de origem, uma poesia uterina. Combateu a opressão da mulher e o
regime escravista. Trabalhou ainda no século XIX intensamente a favor da
mulher.
Principais
Obras: Nebulosas; Miragem; Romance da
mulher que amou; A mulher do século XIX (1892).
Porque sou forte
Dirás que é falso. Não. É certo. Desço
Ao fundo d’alma toda vez que hesito...
Cada vez que uma lágrima ou que um
grito
Trai-me a angústia - ao sentir que
desfaleço...
E toda assombro, toda amor, confesso,
O limiar desse país bendito
Cruzo: - aguardam-me as festas do
infinito!
O horror da vida, deslumbrada, esqueço!
É que há dentro vales, céus, alturas,
Que o olhar do mundo não macula, a
terna
Lua, flores, queridas criaturas,
E soa em cada moita, em cada gruta,
A sinfonia da paixão eterna!...
- E eis-me de novo forte para a luta.
NARCISA AMÁLIA
Reviewed by Natanael Lima Jr
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