MÁRIO MELO
(Recife/PE, 05/02/1884 – Recife/PE, 24/05/1959)
Poeta,
jornalista, advogado, historiador, geógrafo, músico e político. Membro da
Academia Pernambucana de Letras foi também membro do Instituto Arqueológico
Histórico e Geográfico de Pernambuco e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
além de participar da Sociedade de Geografia de Washington e Lisboa. Foi
Deputado Estadual por Pernambuco (1948/1950). Autor de vários livros sobre
história, geografia e etnografia.
Principais
Obras: Esboço da literatura pernambucana
(1922); Aspectos da história (1933); Síntese cronológica de Pernambuco (1934);
A guerra dos mascates (1941); Frei Caneca (1933).
Ausente
A vida é
assim, querida: de hora em hora
Tudo, no mundo, pode ser mudado.
Para extinguir as trevas, fez-se a aurora.
Para toldar a aurora o céu nublado.
Tudo, no mundo, pode ser mudado.
Para extinguir as trevas, fez-se a aurora.
Para toldar a aurora o céu nublado.
Quantos
terão, pela existência afora
Nossos felizes dias invejados?
No entanto, hoje –distante – tua alma chora
E eu trago o peito em mágoas afogado.
Nossos felizes dias invejados?
No entanto, hoje –distante – tua alma chora
E eu trago o peito em mágoas afogado.
Mas breve
hei de transpor esses escolhidos
Sangrando embora os pés por sobre espinhos
Para satisfazer nossos desejos,
Sangrando embora os pés por sobre espinhos
Para satisfazer nossos desejos,
Pois, meus
olhos têm falta de teus olhos,
Os teus afetos, sede de carinhos
E os nossos lábios fome de mais beijos.
Os teus afetos, sede de carinhos
E os nossos lábios fome de mais beijos.
MÁRIO MELO
Reviewed by Natanael Lima Jr
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10:06
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