A POESIA DE MAXIMIANO CAMPOS*
Maximiano
pertenceu a
Geração
65 / Foto: divulgação
APELO AO
QUIXOTE*
Não
deixes que a tua
armadura
enferruje.
Principalmente
no peito
que
perto do coração.
Segura
a espada
larga
o escudo,
pois
medo não é proteção.
Permite
que o Sol bata na poeira
e
o vento leve o sujo
do
aço que te cobre.
Na
loucura, só na loucura,
estarás
liberto. O teu mito
é
Sol, liberdade e céu aberto.
*In
Lavrador do tempo, 1998
O FILHO*
A Eduardo e
Antônio Campos
Que
seja assim:
alegre
sem desconhecer
a
tristeza, capaz
de
uma ilusão.
Forte
sem apedrejar
derrotas,
rebelde
sem
destruir a mansidão.
Servo
apenas do ideal
e
sonho,
e
rei da sua vontade.
Amando
as pessoas
sem
deixar que nenhum medo
o
faça desconhecer a liberdade.
*In
Lavrador do tempo, 1998
RETRATO
IMPERFEITO
De
tanto lembrar me esqueço
e
é de sonhos que construo
o
que vivo e busco e mereço.
E
assim recordo
do
recordar a lembrança
num
tempo em que criança
fui
o que hoje sou cópia:
retrato
velho e imperfeito
de
quem quebrou todos os brinquedos.
*Maximiano
Accioly
Campos foi um poeta, ficcionista e
cronista pernambucano, nasceu em Recife, em 19 de novembro de 1941, e faleceu
em 07 de agosto de 1998. Pertenceu a Geração 65 de escritores pernambucanos.
A POESIA DE MAXIMIANO CAMPOS*
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