LEO LYNCE
(Pouso
Alto, atual Piracanjuba/GO, 29/06/1884 – Goiania/GO, 07/07/1954)
Leo
Lynce, pseudônimo de Cyllenêo Marques de Araújo Valle. Poeta, advogado,
jornalista e polÃtico. Considerado um dos precursores do Modernismo das letras
goianas. Aos dezesseis anos publicou o jornal O Fanal, em manuscrito. Em 1905
adotou o pseudônimo de Leo Lynce, o qual o tornou conhecido nacionalmente. Em
1908, entrou na vida polÃtica, elegendo-se deputado estadual. Em seu livro de
estreia, mostrou um ecletismo caracterÃstico da literatura anterior à Semana de
Arte Moderna de 22, misto de Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo com
tendências ao Modernismo. Ao final do ano de 1928, publica o seu único livro de
poemas, “Ontem”, cuja crÃtica o
consagrou e foi o primeiro livro de poesia no estilo moderno a ser publicado no
estado de Goiás. Consagrou-se como o “PrÃncipe dos Poetas” goianos. Foi
fundador da Academia Goiana de Letras, ocupando a Cadeira nº 11. Em 1999, com o
livro “Ontem” foi aclamado por júri
organizado pelo jornal O Popular, como o melhor poeta de Goiás.
Principais
Obras: Ontem (1928); Romagem sentimental
Falando ao coração
Não creias nela, coração, não creias nela.
Esquece a meiga voz, o doce encanto
Dessa mulher que esconde, assim tão
bela,
A falsidade num doirado manto.
Não creias nessa gota que lhe estrela
A face, desconfia desse pranto.
Toma cuidado e foge da procela
A que te arrasta da sereia o canto.
Essa mulher te foi perjura e ingrata,
Esquece-a, coração, sê mais altivo
Ante a beleza que te avilta e mata;
Assim falei ao coração covarde;
Mas ele, o pobre, o mÃsero cativo,
Sentidamente respondeu-me: - É tarde.
LEO LYNCE
Reviewed by Natanael Lima Jr
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09:52
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