Cruz e Sousa, o maior poeta simbolista brasileiro
Poeta
catarinense teve vida marcada por dificuldades.
Movimento
simbolista rompeu com o materialismo do final do século XIX.
Sobre
o simbolismo podemos afirmar que foi um movimento literário, das artes
plásticas e do teatro que rompeu com o materialismo do final do século XIX.
Enquanto o mundo direcionava suas atenções às teorias científicas de nomes como
Charles Darwin, poetas investiam numa linguagem metafórica e repleta de
imagens, e teve em Cruz e Sousa o seu mais importante representante literário
do simbolismo brasileiro.
Os
simbolistas procuravam obter em suas obras variados efeitos sonoros e rítmicos,
além do gosto pela linguagem rebuscada. Cruz e Sousa, é claro, não fugiu destas
características, além delas, seus textos falam sobre morte, Deus, mistérios da
vida e personagens marginalizados. Sua linguagem é muito rica e seus poemas
mais longos possuem grande musicalidade.
João
da Cruz e Sousa, ou apenas Cruz e Sousa, como ficou conhecido, nasceu na cidade
de Florianópolis, na época denominada Desterro, em Santa Catarina, em 24 de
novembro de 1861. Negro e filho de escravos, ele teve uma vida marcada por
dificuldades. A publicação de duas de suas obras, em 1893, marcou o início do
simbolismo no Brasil: "Missal" e "Broquéis". Apesar de toda
dor e sofrimento, a sua obra não pode ser compreendida como uma queixa, uma
autoconfissão. Seu caráter é filosófico, pois muitos são os questionamentos
carregados de humanidade. Faleceu aos 36 anos, em 19 de março de
1898, vítima do agravamento no quadro de tuberculose. Suas principais obras são: Tropas e Fanfarras (1885); Missal (1893); Broquéis (1893). Vale a pena conhecer mais
sobre a vida e obra deste grande poeta simbolista brasileiro.
“Nada há que
me domine e que me vença
Quando a minha
alma mudamente acorda...
Ela rebenta em
flor, ela transborda
Nos alvoroços
da emoção imensa”
(Cruz e Sousa)
Os editores
Cruz e Sousa, o maior poeta simbolista brasileiro
Reviewed by Natanael Lima Jr
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08:50
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