VITORIANO PALHARES
(Recife/PE,
08/12/1840 – Recife/PE, 05/02/1890)
Foto:
Acervo digital da
Fundação
Joaquim Nabuco
Poeta.
É patrono da Cadeira nº 16 da Academia Pernambucana de Letras. Cultivou o
condoreirismo (parte
de uma escola
literária da poesia brasileira, a terceira fase romântica,
marcada pela temática social e a defesa de ideias igualitárias), influenciado pelos
amigos Tobias Barreto e Castro Alves. Foi amigo também do poeta fluminense
Fagundes Varela. Sua poesia embora considerada sem grandes recursos literários,
alcançou popularidade na época.
Principais
Obras: Mocidade e tristeza (1867),
Centelhas (1870); Peregrinas (1870).
Negro
adeus
Adeus! Já nada tenho que dizer-te.
Minhas horas finais trêmulas correm.
Dá-me o último riso, pra que eu possa
Morrer cantando, como as aves morrem.
Aí daqueles que fez do amor seu mundo!
Nem deuses nem demônios o socorrem.
Dá-me o último olhar, para que eu possa
Morrer sorrindo, como os anjos morrem.
Foste a serpente, e eu, vil, ainda te adoro!
Que vertigens meu cérebro percorrem!
Mente a última vez, para que eu possa
Morrer sonhando, como os doidos morrem.
VITORIANO PALHARES
Reviewed by Natanael Lima Jr
on
11:32
Rating:
![VITORIANO PALHARES](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl5eGk-ddOh6bbjHItGif9anIT0QIp08yE22qdkDBzpDlhSO0IDfpO_3VDR5tz0Ft2PtSeCVJ15m4zWVzfFXa8QNug_CXRdhOgzAHgmAqwvT5EStgncdKmMKvGwdBGlBN0CV6qry44j58/s72-c/VITORIANO+PALHARES.png)
Nenhum comentário