JORGE DE LIMA
(União
dos Palmares/AL, 23/04/1893 - Rio de Janeiro/RJ, 15/11/1853)
Poeta,
romancista, biógrafo, ensaÃsta, tradutor, pintor, polÃtico e médico.
Neoparnasiano, ligado ao Modernismo, escreveu poemas regionalistas. Em 1914
publica o seu primeiro livro “XV
Alexandrinos”. Em 1930 monta um consultório na Cinelândia que depois o
transforma em atelier de pintura e encontro de intelectuais como: Murilo
Mendes, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, entre outros. Nesta década
publicou 10 livros sendo 05 de poesias. A partir de 1939 dedicou-se também à s
artes plásticas, participando de algumas exposições. Em 1952 publica seu mais
importante livro, o épico: “Invenção de
Orfeu”. Sua produção literária versou
sobre diversos estilos como: o parnasiano, o regional, o barroco e o religioso.
Principais
Obras: XV alexandrinos (1914); O
acendedor de lampiões (1932); Tempo e eternidade (1935); Poemas negros (1947);
Livro de sonetos (1949); Invenção de Orfeu (1952); Os anjos da noite bizo (1934
– romance); Calunga (1935 – romance); A mulher obscura (1939 – romance); Guerra
dentro do beco (1950 – romance).
O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões de rua!
Este mesmo que vem, infatigavelmente,
Parodiar o Sol e associar-se à lua
Quando a sobra da noite enegrece o
poente.
Um, dois, três lampiões, acende e
continua
Outros mais a acender
imperturbavelmente,
À medida que a noite, aos poucos, se
acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano
irrita:
Ele, que doira a noite e ilumina a
cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que
habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade
Como este acendedor de lampiões de rua!
JORGE DE LIMA
Reviewed by Natanael Lima Jr
on
20:43
Rating:

Nenhum comentário