FÉLIX PACHECO
(Terezina/PI,
02/08/1879 - Rio de Janeiro /RJ, 06/12/1935)
Poeta,
jornalista, político e tradutor. Considerado como um dos jornalistas mais
importantes do seu tempo. Foi ministro
das Relações Exteriores no governo de Arthur Bernardes (1922/1926). Foi também senador da república. Na
literatura foi um poeta de estilo que oscilou entre o Parnasianismo e o
Simbolismo. Foi eleito pela Academia Brasileira de Letras em 1913, ocupando a Cadeira
nº 16, cujo patrono é o poeta Gregório de Matos. Foi também membro da Academia
Piauiense de Letras. Foi tradutor das obras de Baudelaire, tornando-se um dos
seus principais divulgadores no Brasil. Publicou mais de 200 obras, além de
produções publicitárias e vários discursos.
Principais
Obras: Chicotadas, Poesias
revolucionárias (1897); Via crucis (1900); Luar de amor (1906); Poesias (1914);
Ignizita (1915); Martha (1917); Tu, so tu (1917); No limiar do outono (1918); O
Pendão da taba verde (1919); Lirios brancos (1919); Estos e pausas (1920); Em
louvor de Paulo Barreto (1921); A “canaã” DE Graça Aranha (1931); Poesias
(1932); Aliança de prata (1933); Descendo a montanha (1935).
A
triste dádiva
Não te prometo os céus, a terra toda,
Nem luxo, ou fidalguias, e realezas.
Não comerás comigo em régias mesas,
E nem damas de honor terás em roda.
Há de ser muito obscura a nossa boda.
Nossas almas assim serão mais presas.
Outras que vivam, na vaidade acesas.
E cativas do efêmero da moda.
Não te darei sequer um pobre sonho,
Que o sonho é sempre, embora apaixonado,
Mera expressão de um bem que dura pouco
Dou- te somente um coração tristonho,
As flores do jardim de um torturado,
E o profundo saber da alma de um louco.
FÉLIX PACHECO
Reviewed by Natanael Lima Jr
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20:16
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