Adega
Espaço para publicação de poemas, textos e matérias
“O
poema é um exercÃcio de dissidência, uma profissão de incredulidade na
omnipotência do visÃvel, do estável, do apreendido. O poema é uma forma de
apostasia. Não há poema verdadeiro que não torne o sujeito um foragido. O poema
obriga a pernoitar na solidão dos bosques, em campos nevados, por orlas
intactas. Que outra verdade existe no mundo para lá daquela que não pertence a
este mundo? O poema não busca o inexprimÃvel: não há piedoso que, na agitação
da sua piedade, não o procure. O poema devolve o inexprimÃvel. O poema não
alcança aquela pureza que fascina o mundo. O poema abraça precisamente aquela
impureza que o mundo repudia.” (José
Tolentino Mendonça)
“Pretendo
que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e ao desamparo, acender
uma luz qualquer, uma luz que não
nos é dada, que não desce dos céus, mas que nasce das mãos e do espÃrito dos
homens. Pois a poesia é isso. É a verdade absoluta em cada um de nós.” (Ferreira Gullar)
“A intima
relação entre o poeta e a sua poesia é a qualidade mais evidente de Manuel
Bandeira e ao mesmo tempo uma das mais significativas. Enquanto outros, quase
todos, constroem de fora para dentro o poema, objetivamente, como uma casa, Bandeira
faz versos “como quem morre”, disse ele um dia, ao que contestou o Mário de
Andrade “eu faço versos como quem
vive”. De um modo ou de outro, o mais importante é a concepção da poesia como
fenômeno vital, inexorável e irreprimÃvel.” (Pedro Dantas)
"A história da arte poética está longe de
formar um todo homogêneo e unânime. Assim, acreditamos que a tarefa da
poesia tem sido, através dos séculos, falar a verdade que habita em cada homem,
em cada escritor, de uma forma atemporal que possibilite ao próprio homem se
reconhecer em qualquer época. Ferreira Gullar nos diz : "Pretendo que a
poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e ao desamparo, acender
uma luz qualquer, uma luz que não nos é dada, que não desce dos céus, mas que
nasce das mãos e do espÃrito dos homens. A poesia está em toda parte, no
que se sente, no que se ouve, no que se vê, não só no que se escreve... Ela aflora na música popular, nos textos de cronistas, no teatro, nos
filmes, nas vidas. Manuel Bandeira falava dos poetas bissextos, aqueles
que só aparecem de quatro em quatro anos, como o 29 de fevereiro... Bandeira
editou, inclusive, a sua Antologia dos Poetas Bissextos,
com mais de 100 poemas escritos por engenheiros, médicos, padres,
empresários, advogados, pessoas que ninguém imaginava fossem poetas."
(Antonio Campos)
“Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio que subjugas a quaisquer escapes motorÃsticos ou declamatórios. Um silêncio... este impoluÃvel silêncio em que escrevo e em que tu me lês." (Mário Quintana)
“A poesia é das raras atividades humanas que, no tempo atual, tentam salvar uma certa espiritualidade. A poesia não é uma espécie de religião, mas não há poeta, crente ou descrente, que não escreva para a salvação da sua alma – quer essa alma se chame amor, liberdade, dignidade ou beleza.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)
“Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio que subjugas a quaisquer escapes motorÃsticos ou declamatórios. Um silêncio... este impoluÃvel silêncio em que escrevo e em que tu me lês." (Mário Quintana)
“A poesia é das raras atividades humanas que, no tempo atual, tentam salvar uma certa espiritualidade. A poesia não é uma espécie de religião, mas não há poeta, crente ou descrente, que não escreva para a salvação da sua alma – quer essa alma se chame amor, liberdade, dignidade ou beleza.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)
"Todo grande poeta ama a sua lÃngua
natal e procura fazer dela a linguagem original da sua poesia. Ele é o guardião
da beleza da lÃngua que o ensinou a murmurar nos quartos escuros e decorar o
que ia dizer à primeira namorada. Na mina de seu idioma, ele sabe encontrar a
pepita mais brilhante, e sabe combinar estranhamente suas luzes no poema
imortal. Mas, há também os poetas médios e pequeninos. Eles retiram o que podem
daquela mina do idioma. A poesia é uma montanha que só faz crescer: os grandes
poetas acrescentam-lhe um rochedo, os pequenos poetas nela depositam a sua
pedrinha." (Alberto da Cunha
Melo)
"A Poesia é a arte que coordena as ideias e as
palavras de modo a expressar o pensar e o sentir de forma bela. Fala ao
coração. É o belo em forma de Linguagem. Mas a divisão da sociedade em
classes, a violência gerada pela exploração da minoria opressora, violam também
a arte em todas as suas formas. Em vez de terna, a poesia se torna dura, embora
não deixe de ser bela. É que o poeta tem apenas
duas mãos e o sentimento do mundo." (Carlos Drummond de Andrade)
"O poeta começa onde o homem acaba. O destino deste é viver seu itinerário humano; a missão daquele é inventar o que não existe. Desta maneira se justifica o ofÃcio poético. O poeta aumenta o mundo, acrescenta ao real, que já está aà por si mesmo, um irreal continente.” (Jose Ortega Y Gasset)
"O poeta começa onde o homem acaba. O destino deste é viver seu itinerário humano; a missão daquele é inventar o que não existe. Desta maneira se justifica o ofÃcio poético. O poeta aumenta o mundo, acrescenta ao real, que já está aà por si mesmo, um irreal continente.” (Jose Ortega Y Gasset)
“Entendo que poesia é
negócio de grande responsabilidade, e não considero honesto rotular-se de poeta
quem apenas verseje por dor de cotovelo, falta de dinheiro ou momentânea tomada
de contato com as forças lÃricas do mundo, sem se entregar aos trabalhos cotidianos
e secretos da técnica, da leitura, da contemplação e mesmo da ação. Até os
poetas se armam, e um poeta desarmado é, mesmo, um ser à mercê de inspirações
fáceis, dócil à s modas e compromissos.” (Carlos
Drummond de Andrade)
"Em lugar da escrita instrumental,
objetiva e bem comportada, o poeta coloca a criatividade em primeiro plano e,
se for necessário, transgride as regras e as limitações ditadas pela gramática,
as convenções, os preconceitos ideológicos e linguÃsticos, a opinião pública, a
moralidade e os jogos de interesses. O poeta não segue uma pauta exterior, um
esquema restrito como o que estudamos na linguagem instrumental e puramente
comunicativa. Ele trabalha a palavra antenada com o mundo interior, a vida
social e o cosmos, abrindo a sua sensibilidade para pensamentos, sensações,
sentimentos, lembranças e visões. A sua matéria prima são ideias,
associações de palavras, imagens, ritmos, sonoridades, vibrações. Com
isto ele constrói o seu texto e o seu diferencial. Aà se resume a chamada
liberdade poética." (Marcelo Mário Melo)
***
“Todas
as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas” (Federico Garcia Lorca)
“Um grão de poesia é suficiente para perfumar um século inteiro.”
(José
MartÃ)
“Poesia
é voar fora da asa.” (Manoel de Barros)
“A poesia não se entrega a quem a define.” (Mário Quintana)
“Que ninguém
doma um coração de poeta!” (Augusto dos Anjos)
“Busco poesia nas pequenas coisas” (Ferreira Gullar)
“O poeta
transfigura a realidade tornando-a suportável à sensibilidade dos homens.” (Fátima Quintas)
“Que a poesia use de todos os meios de transporte para
visitar os homens.” (Adélia Prado)
“Livros são os mais silenciosos e constantes
amigos; os mais acessÃveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes
professores.” (Charles W. Elliot)
“A escrita é o erotismo do intelecto. A poesia é o
erotismo da alma.” (L. S. Dias)
“A questão não é se há uma luz no fim do túnel. A
questão é você não entrar no túnel.” (Miró)
“Por que o homem
cria? É porque ele não é capaz de carregar um ser humano dentro dele." (Antônio Torres)
“Pegue sua xÃcara e leia a vontade: Um bom
poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a
gente a ele.” (Mário Quintana)
Adega
Reviewed by Natanael Lima Jr
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